“Iniciei o Projeto Comunitário no Hospital Municipal de Maringá e encerrei as minhas horas na Aliança de Misericórdia. No hospital minhas atividades foram na Brinquedoteca. Foi um grande desafio, pois nunca me identifiquei muito com hospitais.
Foram três processos. Conhecimento, adaptação e satisfação. Conhecimento, porque era preciso muita dedicação para entender o processo. Adaptação, quando já estávamos familiarizados com as crianças, e por fim, satisfação, pois já não era uma obrigação, e sim, vontade de estar próximo das crianças.
Uma delas que me marcou no hospital foi o Leo. Uma criança fantástica, que passou pela Brinquedoteca durante vinte dias, pois aguardava uma cirurgia. Era muito emocionante encontrá-lo e saber que aos sábados ele nos esperava. O que desejavamos de fato para essas crianças é que elas saíssem do hospital e que melhorassem.
Em um determinado sábado, chegamos, e não o encontramos. Parecia que a Brinquedoteca tinha ficado vazia. Logo veio a notícia, a psicóloga responsável nos avisou que ele já havia feito a cirurgia e recebido alta. A mesma também nos informou que o pouco que fizemos fez a diferença na recuperação dele. Nesse momento, apenas consegui dizer uma palavra, “Nossa”. Esta palavra demonstrou minha surpresa e alegria. Meu coração sorriu de tanta felicidade.
Já na Aliança de Misericórdia, um momento que marcou muito foi à festa junina que fizemos para os acolhidos, chamados carinhosamente dessa forma. Os acolhidos na verdade fomos nós, com sorrisos tímidos, a expressão cansada, mais com olhares brilhantes de alegria e entusiasmo pela nossa presença. Descobri que todas as coisas que nos unem superam todas aquelas que nos separam. Compartilhamos as mesmas realizações, a mesma terra, o mesmo céu e a mesma esperança. Aprendi, a enxergar as virtudes nas pessoas e ter a capacidade de acender em meu coração a chama do amor e apagar todos os traços de incompreensão.
Fazer o Projeto Comunitário me fez enxergar que cursar a Universidade não deve ser apenas um crescimento profissional, mas humano, e acredite, levarei essa experiência para a vida toda.
Parabenizo e agradeço a equipe do Projeto Comunitário do Câmpus Maringá, e que continuem em frente fazendo esse trabalho maravilhoso, pois é a disciplina que nos da à formação de Gente Boa”.
Meire Gimenes
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